Reflexões de Fim de Ano: Acalmando o Coração e Encontrando Forças para um Novo Ciclo
- Stefanny Lucena

- 31 de dez. de 2024
- 3 min de leitura

🌱 O Convite do Final de Ano
Chegar ao final do ano é como parar no alto de uma montanha. A subida foi difícil, cheia de pedras e tropeços, e agora olhamos para o caminho percorrido. As lembranças vêm à tona — as alegrias, as conquistas, mas também as dores, os fracassos e as marcas que carregamos. Esse momento, tão delicado, nos convida a uma reflexão profunda: o que fazer com tudo isso que vivemos? 🌟
👨👩👧 A Família e Suas Marcas
O fim de ano nos convida a rever familiares, ou talvez pensar neles… E a família, para muitos, é o lugar onde nascem as primeiras feridas. Crescemos cercados por expectativas, silêncios e mágoas que nem sempre conseguimos entender. Quem deveria ser nosso porto seguro, às vezes, é quem mais nos fere. Isso não significa que não há amor, mas sim que estamos todos, de alguma forma, tentando lidar com nossas dores. Ao olhar para trás, reconhecemos que nossas gerações anteriores, muitas vezes, não tiveram as ferramentas que temos hoje — como terapia e autoconhecimento — para lidar com seus próprios sofrimentos. 🖤
E se você vem de uma família negra e/ou pobre, o peso pode ser ainda maior. Carregar o legado de gerações que não tiveram acesso ao autocuidado ou à saúde mental é um fardo e, ao mesmo tempo, uma oportunidade. Você pode ser o início de uma mudança, aquele que transforma a dor herdada em algo diferente. Mas isso não significa que é fácil ou rápido; significa apenas que é possível.
🌿 Dificuldade de Lidar com a Dor de Ser Ferido
Talvez esse ano você tenha uma mágoa com alguém, e é difícil aceitar que as pessoas que amamos também podem nos magoar profundamente. O perdão, tão falado, não é simples. Muitas vezes, queremos perdoar, mas ainda sentimos o peso da mágoa, da palavra que ficou atravessada, do gesto que faltou. E está tudo bem. Sentir dor faz parte do processo de cura. Perdoar não é apagar o que aconteceu, mas aprender a conviver com as memórias sem que elas nos dominem. 💭
Lidar com essas feridas exige paciência consigo mesmo. E isso não significa que as pessoas que nos feriram estavam certas. Significa apenas que, ao aprender a viver com essa dor, nos libertamos de seu peso.
💡 Transformando a Dor em Significado
Nesse fim de ciclo, lembre que nem toda dor precisa ser enfrentada com força. Às vezes, o mais importante é dar sentido ao que vivemos. Perguntar a si mesmo: “O que essa dor me ensina sobre o que realmente importa?” pode ser um ato de coragem e compaixão. 🌷 O fim do ano nos oferece essa pausa para transformar o sofrimento em aprendizado, não porque ele seja bom, mas porque ele faz parte de quem somos.
Ao reconhecer nossas vulnerabilidades, criamos espaço para que novas perspectivas surjam. Talvez a dor não desapareça, mas pode se tornar algo que nos guia em direção ao que faz sentido.
🌸 O Poder do Autocuidado e do Autoconhecimento
Hoje, temos a chance de fazer algo que talvez nossos antepassados nunca puderam: cuidar de nós mesmos. Lembre que hoje você tem a escolha de buscar terapia, refletir sobre suas escolhas, aprender a dizer “não” para o que nos machuca — isso tudo é revolucionário. É também um ato de coragem, porque enfrentar nossas feridas exige esforço, e mudar padrões familiares não é simples.
Ao nos permitirmos cuidar de nossas emoções, estamos criando um novo ciclo. Estamos abrindo portas para que as próximas gerações vivam de forma mais leve. E isso começa com pequenos gestos, como olhar para si mesmo com mais compaixão.
🌟 Aceitando o Passado e Abraçando o Futuro
O passado não pode ser mudado, mas podemos escolher o que fazer com ele. Essa escolha, porém, não precisa ser grandiosa. Pode ser apenas o primeiro passo de um caminho que leva à cura. O fim do ano é um convite para refletir sobre o que carregamos e o que podemos deixar para trás.
Não precisamos ser perfeitos; não precisamos ter todas as respostas. O que precisamos é nos permitir sentir, aprender e crescer no nosso próprio ritmo. Porque, no fim, o que realmente importa não é onde chegamos, mas se gostamos, aproveitamos, e nos realizamos no caminho que estamos seguindo. 🌿
Stefanny Lucena
Amante de Arte e cinema 🎥 🎭🎨
Mãe do Doguinho Tofu 🐶🐾
Psicóloga Clínica (CRP 13/6974)
Mestra (UFPB)👩🏻⚕️
Espec. Em Terapia de Aceitação e Compromisso (CECONTE)🌻


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